Muitas vezes as pessoas podem ficar confusas com a quantidade de opções que as farmácias oferecem em termos de medicamentos. Em tempos de informações conflitantes e fake news, é comum pacientes sentirem-se preocupados no momento da sua escolha.
Esse artigo busca explicar a diferença entre os medicamentos genéricos, de referência e similares. Cada um deles tem uma proposta que, se bem compreendida pelo consumidor, facilita a escolha no ponto de venda.
Além disso, manter-se bem-informado é também uma forma de acalmar as dúvidas dos clientes com explicações assertivas e os direcionando para uma escolha consciente.
Vamos entender melhor tudo isso?
Medicamentos de referência
Esses são os medicamentos originais. Aqueles que os laboratórios, muitas vezes, foram pioneiros nas pesquisas e distribuição da droga. Esses remédios geralmente têm uma marca conhecida, um logotipo atraente e alto investimento em marketing.
Por isso mesmo, eles são mais conhecidos e sempre lembrados pelo consumidor. Por si só, isso já é um fator de credibilidade. Na verdade, as indústrias farmacêuticas investem em pesquisas e descobrem ativos capazes de solucionar problemas de saúde, depois de passarem por inúmeros testes e submetidos à legislação do setor.
Essas pesquisas levam tempo e muitos recursos até terem o produto final patenteado. Pela legislação brasileira, uma vez depositada a patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, os laboratórios têm até 20 anos para explorar comercialmente sua invenção.
Por tudo isso, esses remédios custam mais caros. No entanto, eles não são a única opção dos consumidores.
Medicamentos Genéricos
Esses são medicamentos com o mesmo princípio ativo dos de referência. Ou seja, uma vez que os 20 anos de exclusividade pela exploração comercial do invento finda, outras empresas têm acesso à fórmula e podem produzir e comercializar o mesmo produto. A concorrência se acelera e provoca uma queda natural de preços.
Os medicamentos genéricos não podem ter uma marca que os individualize, eles são identificados por um G grande na embalagem e pelas substâncias de seu composto. Investimentos em marketing menores, concorrência mais acirrada e patente disponível implicam em preços mais baixos.
Esses remédios precisam passar por testes na Anvisa tal qual o de referência, o que garante eficácia e segurança em igual medida. Eles agem da mesma forma no organismo e produzem o mesmo efeito, atestado pelos órgãos reguladores, só que podem ser até 30% mais baratos que os remédios de referência.
Medicamentos Similares
Esses costumam causar mais desconfianças, mas podemos ficar mais tranquilos depois dessa explicação. Similares também devem comprovar equivalência, junto à Anvisa, dos medicamentos de referência. Ou seja, eles também guardam entre si os mesmos princípios ativos.
E mais: eles devem passar também por testes de bioequivalência e biodisponibilidade que garantem que eles vão agir no organismo tal qual o de referência, como uma cópia, com substâncias, via de administração, posologia e indicação terapêutica similares.
No caso, o que os difere é que eles podem ostentar uma marca que os diferencie no mercado, com um nome comercial próprio. Mas os similares devem indicar claramente com qual remédio de referência eles mantêm relação. Na verdade, a própria Anvisa disponibiliza uma lista atualizada de intercambialidade entre medicamentos de referência, genéricos e similares.
Como podemos observar, os três remédios são seguros e podem ser uma opção viável para o consumidor. Muitos médicos ainda são induzidos a passar medicamentos apenas de referência, muitas vezes induzidos pelo marketing dos laboratórios.
Mas com informações relevantes e de qualidade em mãos é possível orientar pacientes aflitos em busca de uma solução eficaz e acessível. O farmacêutico, que atende o cliente nesse momento, pode ajudar a esclarecer dúvidas e garantir vendas conscientes.
Converse com nosso atendimento para saber mais sobre a distribuição de remédios e como manter as prateleiras de sua farmácia sempre abastecidas.